Um rei vestido de ouro,
soberano, reluzia…

Um adeus ao final do dia
despedindo-se dos mortais.

Mas nas ruas, nos sinais,
no vagão daquele trem

ninguém reparava além,
nem o via se deitar

por detrás do Rio Pinheiros,
de esgotos vis, marginais…

E para além do mundano
eu pairava noutro plano

namorando o pôr-do-sol…
Minha cabeça voando

e a beleza abençoando
o fim de tarde solar…

Na vida tudo é pintura
Paisagens, telas, molduras

basta saber olhar
com a retina da poesia

que ilumina e torna os dias
uma aventura estelar…

Goimar Dantas
São Paulo
Estação Vila Olímpia
26-05-08