Drible
Ofício de sorte:
Quem bem escreve
engana a morte.

“Escrevo porque tenho fome.
Escrevo porque apeteço.
Escrevo porque me arrisco,
Risco, rabisco e me esqueço”.

Dúvida poética
A essa altura,
não sei se vou
ou se voo.

“No mar e no mais:
tudo é sal, saudade.
Que existe, apenas,
para gerar em seu ventre
poemas”.

(Trecho do poema: O amor de Janaína, Maresias, 26/03/2005)

Sina
E mesmo sozinho
no poço sem fundo
o poeta ouve
o eco do mundo.

São Paulo
21/02/10