Fiz essa foto há meses, à frente da tradicional Faculdade de Direito do Largo do São Francisco, e considerei adequada para ilustrar esse post. É que estou achando divertida essa brincadeira de Twitter. Quando crio esses textos que permitem, no máximo, 140 caracteres, minha preferência é discorrer sobre escrita, leitura, poesia, fotografia, biografia… No fundo e na superfície, tudo isso sou eu – só que em grau máximo de concisão – coisa que até então eu considerava impossível de acontecer 🙂 E dentre os mais de 100 tweets que já postei até agora, meus preferidos são esses:
1. Quanto mais escrevo, mais me convenço de que o único jogo que considero verdadeiramente importante é o de palavras.
2. Minha cruz e a minha espada são a escrita e a leitura. E eu passo a vida entre as duas: maior deleite não há.
3. A escrita organiza, expõe e liberta, para o mundo, ideias antes restritas a uma única cabeça. Escrever é, também, um ato de doação e amor.
4. Proposta: E no frio deste Outubro: te cubro. Com o calor que vem do meu ser tão…
5. Não importa se hoje é dia 30. O fato é que o mês de setembro, em mim, nunca chega ao fim.
6. Nem bem sinto cheiro de chuva, floresço. Destino que vem de berço: meu pai também era assim.
7. Quanto mais trabalho em meus textos, mais me comovo com a verdade contida na frase de Osman Lins: “Escrever é uma guerra sem testemunhas”.
8. Receita para me tirar do sério: acordar cedo, comida fria, toalha mollhada e reunião adiada…
9. Talvez por ser do sertão e por estar na hora do café, me ocorre uma adaptação p/ o Pai Nosso: “A tapioca de cada dia nos dai hoje”.
10. A Primavera, quem diria, está tendo um caso com o Inverno que, mesmo frio e calculista, resolveu ficar mais um pouco… Ah, o amor…
11. Dia Mundial sem carro? Pra mim é só mais um porque nunca tive nem carro nem senso de direção.
12. Escrever biografia é viver a vida do outro com tamanha intensidade que resta ao escritor a saudade do seu próprio dia-a-dia.
13. E o melhor de fazer entrevista é ver outra vida sendo revista.
14. Sertanejo, roceiro, minerador, marinheiro e manobrista que virou editor. Quem é? É José Xavier Cortez: brasileiro que não desiste nunca.
15. Escrevendo pelas paredes: peixe livre de rede. Sereia que busca encantar. Carne querendo ser verbo. Nome carregando o “Mar”.
16. Quebrando a cabeça com os exercícios da aula de fotografia. Troco o filme “Quero ser John Malkovtch” por “Quero ser Annie Leibovitz”.
17. Sempre que esses dilúvios fazem de “São Paulo” um mar, me pergunto se “São Pedro” não seria um nome melhor para este lugar…
18. Está acabando a segunda que, no fundo, foi um domingo “segundo”.
19. Inconfidente, eu confidencio: em Minas, minha liberdade, ainda que tardia, é poder ler e escrever em demasia. É anoitecer à luz da poesia.
20. Hoje viajo pra MG. E viagem sempre me traz poesia. Aliás, poesia está em “quase” tudo: ainda não descobri a poesia de fazer as malas…
21. De repente, fez-se noite… E as nuvens, sofrendo açoite, choram lágrimas no ar. Então, São Paulo, que é pedra, se desmancha e vira mar.
22. Procuro, aflita, passaporte pra Pasárgada: não precisa eu ter morada, basta um lugar pra eu sorrir.
23.Setembro começa com uma pergunta que não quer calar: por quantas horas um pesadelo pode durar?