(Para Arnaldo Antunes, que, com o seu Quarto de dormir, foi a melodia e a inspiração dessa poesia)
Toda a poesia do mundo é pouca pra essa saudade…
Esse silêncio, essa ausência.
A natural insistência desse meu peito, a doer.
E enquanto a poesia cala,
o meu coração se abate,
sofre, chora, se debate,
grita pelo seu querer.
E no meu corpo: desejos
pulsam sem paz nem sossego
nessa minha carne trêmula…
Massa modelar morena,
perdida, sem o seu Sol.
Rei supremo que abdica
do trono que eu ofereço
e então, sozinha, adormeço
depois de tanto chorar…
E nesse meu quarto tristonho
só me resta mesmo o sonho.
Meu refúgio paralelo
onde eu, Lua, recebo
a luz do sol,
a brilhar.
Esse silêncio, essa ausência.
A natural insistência desse meu peito, a doer.
E enquanto a poesia cala,
o meu coração se abate,
sofre, chora, se debate,
grita pelo seu querer.
E no meu corpo: desejos
pulsam sem paz nem sossego
nessa minha carne trêmula…
Massa modelar morena,
perdida, sem o seu Sol.
Rei supremo que abdica
do trono que eu ofereço
e então, sozinha, adormeço
depois de tanto chorar…
E nesse meu quarto tristonho
só me resta mesmo o sonho.
Meu refúgio paralelo
onde eu, Lua, recebo
a luz do sol,
a brilhar.
Goimar Dantas
São Paulo,
20-06-08