“Saibam todos que fora da poesia me sinto sempre um intruso. Torno a repetir o verso de Banville: Je suis un poète lyrique! Sim, sou sofrivelmente um poeta lírico: porque não pude ser outra coisa, perdoai… “.
Quem disse isso foi Manuel Bandeira, no livro Itinerário de Pasárgada, mas bem poderia ter sido eu. Em qualquer dia, em qualquer hora, em qualquer lugar… Sei que é uma audácia sem tamanho se equiparar ao dedo mindinho de Bandeira (perdoai!!!!). Mas quando li isso não consegui deixar de pensar o quanto essa confissão se encaixa em meus achismos íntimos como uma luva.