Fico pensando na família daquele homem.
Fico pensando se ele vai sobreviver.
Fico pensando na luta que terá de travar para se recuperar…
Fico torcendo para que consiga.
Fico rezando…
Um dia antes, eu tinha saído do mesmo escritório encantada, como sempre, com a Paulista, suas livrarias, sua vida intensa, seus transeuntes que, como eu, estão geralmente apressados, atrasados… Já era quase oito da noite e eu precisava caminhar de onde estava até a Rua da Consolação, que fica a 10 minutos dali. Ao chegar lá, entrei pela passagem subterrânea que nos possibilita atravessar para o outro lado, uma vez que não há faixa de pedestres naquele trecho. No interior da tal passagem, a surpresa: um corredor tomado por bancas de livros usados e seus vendedores, todos emoldurados pelas paredes cobertas de fotografias de revistas mostrando astros hollywoodianos dos anos 40 e 50… Quase perdi o fôlego quando vi aquilo, mas, dessa vez, positivamente…
É incrível como morar em São Paulo faz da nossa vida um filme cotidianamente surpreendente, para o bem ou para o mal.
Estou lutando desde ontem para resgatar a imagem dos astros hollywoodianos dos filmes água com açúcar dos anos 50, em detrimento da imagem dramática que me lembrou os filmes-catástrofe que vêm sendo produzidos pela mesma Hollywood com freqüência cada vez maior.
Postei aqui a única imagem cinematográfica que eu gostaria de guardar, mas sei que ela jamais poderá ser tão forte a ponto de suprimir a outra…
Fico aqui rezando…