Com passos de tartaruga, esse post atrasadíssimo traz algumas imagens do evento de 50 anos do Prêmio Jabuti, comemorado na última sexta-feira, na Sala São Paulo. Nessa foto, vemos Ignácio de Loyola Brandão, emocionado e surpreso, por ter tido o seu “O menino que vendia palavras”, Editora Objetiva, escolhido como Livro do Ano (o mesmo livro ficou em segundo lugar na categoria livro infantil). Brandão e a torcida do Corínthians davam como certa a vitória de Cristovão Tezza com o seu “O filho eterno”, que venceu o Jabuti na categoria melhor romance. Para quem anda meio sem tempo de acompanhar o noticiário literário, Tezza faturou os mais importantes prêmios do ano até o momento: Portugal Telecom, Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), Revista Bravo e o próprio Jabuti de melhor romance, claro.

Foi lindo o discurso do Ignácio de Loyola Brandão, que, aos 72 anos de idade, dedicou o prêmio às suas duas professorinhas do primário, que ainda estão vivas, beirando os 90 anos, lá em Araraquara – interior de São Paulo. Ele contou que ambas ainda o chamam de “menino”.
Eu achei ótimo ele ter levado o prêmio porque sempre torço para que os livros infantis sejam mais e mais valorizados pelo mercado. Mesmo assim, quero muito ler o livro do Tezza. Estou roxa de curiosidade, mas, cadê o tempo?

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O jornalista Laurentino Gomes, que faturou o prêmio de melhor livro do ano de não-ficção, pelo seu festejado “1808”, publicado pela Editora Planeta. Fez um discurso ótimo, lembrando de agradecer aos historiadores, de quem bebeu na fonte para escrever seu best-seller. Disse que está felicíssimo porque as pessoas estão lendo seu livro, em vez de ler auto-ajuda. Está certíssimo. Eu também estaria dando pulos se fosse ele.

Cópia de Semana do livro, prêmio Jabuti, Teodoro Sampaio 081

 

Como editor José Xavier Cortez, da Cortez Editora, escolhido pela presidente da Câmara Brasileira do Livro, Rosely Boschini, para ser saudado em nome de todos os profissionais do mercado editorial presentes na cerimônia dos cinqüenta anos do Prêmio Jabuti. Há dois meses, tenho tido a honra de desfrutar da presença constante de Cortez, uma vez que estou escrevendo sua biografia, juntamente com a historiadora Teresa Sales. Cortez merece todos os holofotes mesmo. Sua história é cinematográfica e já está sendo devidamente transformada no documentário “Semeador de Livros”, de Wagner Beserra e com previsão de lançamento para 2009. Típico retirante nordestino, Cortez se tornou um dos maiores editores da Capital Paulista, tendo publicado os autores acadêmicos mais festejados do país, dentre eles, o educador Paulo Freire, para citar apenas um.

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Acho a beleza da Sala São Paulo estonteante. Sempre me comove…

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O ator Antonio Callone leu trechos de obras que, ao longo dos anos, foram as vencedoras na categoria Livro do Ano, dentre elas, “Quase memória”, de Carlos Heitor Cony, vencedora em 1996, e o ótimo “Um passarinho me contou”, de José Paulo Paes, Livro do Ano de 1997.

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Miriam Cortez, chiquérrima, acima de tudo e de todos.

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Potira Cortez e Potiguar, digo, Goimar Dantas.