Todo dia é dia de folia para o papangu! Dessa vez o danado resolveu fazer Carnaval em pleno mês de outubro, mais precisamente no último dia 19, na I Mostra Cultural de Japi, no Rio Grande do Norte. Quem acompanha esse blog sabe que Japi é a cidade da minha família materna, onde vivi alguns anos – importantíssimos – de minha infância. Lá, ambientei boa parte da história do meu livro Quem tem medo do papangu?, inspirado nas aventuras e peripécias vividas por meu saudoso avô Pedro Horácio, que durante anos alegrou o Carnaval da cidade se transformando, nos dias da Festa de Momo, no papangu mais tradicional do município.

Por tudo isso, os educadores da cidade decidiriam inserir o livro e o tema do papangu nas festividades da Mostra Cultural, transformando o Quem tem medo de papangu? em peça de teatro. Foi uma enorme festança com direito a homenagens que incluíram minha avó Maria, alguns dos meus tios e primos presentes na ocasião.

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O público da Mostra foi composto por centenas de crianças e adultos da comunidade. Ali, naquele colorido ambiente que mesclava festa e aprendizado, muitos tiveram acesso, pela primeira vez, a essa história que, desde a minha infância, me encantou sobremaneira – a ponto de me levar a escrever um livro sobre ela.

Fica aqui meu eterno agradecimento, afeto e respeito a todos os profissionais envolvidos na 4ª Mostra Cultural de Japi. É maravilhoso saber que contribuí, de alguma forma, com o trabalho de vocês junto aos aprendizes da cidade. Peço licença, no entanto, para dizer um obrigada especial à educadora (e minha xará de sobrenome) Célia Dantas, que trabalhou a temática do livro com seus alunos da Educação Infantil e do Ensino Fundamental, e que vem se empenhando muito para a divulgação dessa obra na cidade. Aliás, “pesquei” todas as imagens que ilustram este post do orkut dela, na maior cara-de-pau 🙂

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A fofa da minha avó Maria sendo conduzida pela educadora que interpretou o “papangu”.

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Aqui vemos minha avó Maria, tios e primas se juntando ao “papangu” na hora da foto.

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A professora Célia Cristina Dantas se dirigindo ao público.

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Achei uma graça essa reprodução de uma foto minha ao lado de outra (que eu amo!!) dos meus avós Pedro e Maria. Aliás, lembro como se fosse hoje do dia em que tirei essa fotografia dos dois, no quintal da casa de ambos, ao lado da cisterna. Eu tinha 19 anos e, logo que voltei das férias, mandei fazer várias reproduções do retrato. Mandei um para cada tio. Hoje, passados tantos anos, essa recordação tem lugar de destaque na casa de todos eles.

Um viva para o papangu! E outro viva para as memórias que rendem boas histórias!