Eu me entreguei a um homem
que me leva pelo mundo.
Não é pirata,
não é marujo,
não pesca
e não vai pro mar.

Mas ele escreve, inventa,
conta histórias, se arrebenta,
nas linhas do seu caderno,
nas ondas do seu pensar.

Criador do próprio tempo
é “um” e também é “vários”.
Tanto é meu como é de todos.
Seu verbo? – Multiplicar.

E eu: que sorte!
Me divido…
Feliz em poder estar
nos braços de um
que é muitos!
Poeta, errante, mutante:
Campos, Caieiro, Reis,
Pessoa: inspiração boa!
Alado e etéreo homine!
Com quem aprendo a voar.

Goimar Dantas
Santa Rita do Sapucaí
22-04-09