“Para todo escritor é sempre uma surpresa o fato de que um livro tenha vida própria, quando se desprende dele; é como se parte de um inseto de destacasse e tomasse um caminho próprio. Talvez ele se esqueça do livro quase totalmente, talvez se eleve acima das opiniões que nele registrou, talvez até não o compreenda mais, e tenha perdido as asas em que voava ao concebê-lo: enquanto isso o livro busca seus leitores, inflama vidas, alegra, assusta, engendra novas obras, torna-se alma de projetos e ações – em suma: vive como um ser dotado de espírito e de alma, e contudo não é humano”.
Essa lindíssima citação de Nietzsche foi extraída de um livro pelo qual estou completamente apaixonada: Nos bastidores do imaginário – Criação e Literatura Infantil e Juvenil, de Anna Claudia Ramos (Editora DCL 2006).